segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
Ou a flecha de cravos que atiram fogo.
Eu amo você como certas coisas obscuras são para serem amadas,
Em segredo, entre a sombra e a alma.

Eu amo você como a planta que nunca floresce,
Mas que carrega em si a luz de flores escondidas;
Graças ao seu amor por uma certa fragrância,
Que sai da terra, morando escondida em meu corpo.

Eu amo você sem saber como, ou quando, ou de onde.
Eu amo você completamente, sem complexos ou orgulho;
Então eu amo você porque não conheço mais nada a não ser isso.

Então isso: onde eu estou não existe, nem você,
Tão perto que sua mão, em meu peito, é minha mão,
Tão perto que seus olhos fechados é como se eu caísse no sono.


Soneto 17 - Livro "100 Love Sonnets" - Pablo Neruda

4 comentários:

Tiago de Souza disse...

Muito bom esse texto!!!
Eu te amo, princesa!!!
Rsrsrsrsrs!!!
*espero que o @#$ não me entenda mal*

Anônimo disse...

Adoro Pablo Neruda... adorei seu blog.

Anônimo disse...

Oi!
Parabéns pelo Destaque no GB, adorei seu blog.
Aceite meu Award.
beijokas

Anônimo disse...

Nossa hein!! Neruda é o cara!! Mto bo gostei (e ainda tentando te entender)rs